[DOENÇAS] OSTEOPENIA: O QUE É?

Faz parte da vida do ser humano envelhecer. Devido a isso, muitas condições tornam-se normais no organismo. Uma delas é a perda de densidade óssea mineral, por mais rígidos que nossos ossos sejam. Você já ouviu falar em osteopenia? Pois bem, ela está ligada à perda de densidade óssea mineral e é conhecida como estágio anterior à osteoporose.

Mas antes de falarmos sobre essa condição pré-clínica, como evitá-la e também preveni-la, é necessário entender o que é e quais são suas principais causas e sintomas.

O que é osteopenia?

A osteopenia é uma condição pré-clínica em que há perda gradual de massa óssea, comprometendo assim, a resistência dos ossos, levando a diminuição e fragilidades da densidade mineral óssea, aumentando o risco de fraturas. A osteopenia surge quando menos de 30% da massa já foi perdida. Essa condição pré-clínica pode levar à osteoporose, doença que compromete a resistência dos ossos e aumenta o risco de fraturas principalmente no fêmur, pulsos e na coluna vertebral. Por isso, a osteopenia é conhecida como um estágio anterior à osteoporose. 

Por que isso acontece? Pois mesmo aparentando serem sólidos e resistentes, nossos ossos estão em constante processo e renovação. Logo, eles se decompõem e se reconstroem de maneira constante através da ação de três tipos de células: os osteoblastos (responsáveis por reproduzirem a matriz óssea que entra na composição de todo o esqueleto), os osteócitos (células maduras responsáveis por regularem a quantidade de minerais como, por exemplo, o cálcio no tecido ósseo) e ainda os osteoclastos (grandes células que tem como objetivo reabsorver a massa óssea já envelhecida dando lugar para novas matrizes. Graças a todo esse processo de reconstrução óssea é possível restaurar a forma e também função dos ossos em caso de fraturas e lesões.

No entanto, a partir dos 30 anos ocorre o pico de densidade mineral óssea, também conhecida como DMO. Sendo assim, mesmo depois de anos de estabilidade, o equilíbrio entre produzir e reabsorver as células ósseas começa a diminuir. Logo, os ossos começam a enfraquecer e também ficam porosos.

A osteopenia pode afetar tanto homens quanto mulheres. Todavia, as mulheres com menopausa precoce ou pós-menopausa são mais suscetíveis a esta condição pré-clínica. Além disso, também costuma afetar mais as brancas e asiáticas, de baixa estatura e peso. Já nos homens essa condição se agrava depois dos 60 e 70 anos. Isso acontece devido a queda de testosterona. 

Causas

Existem várias causas para a osteopenia, uma que merece destaque é o envelhecimento, uma vez que ele torna os ossos mais porosos e ainda dificulta a absorção de cálcio. Além do envelhecimento, outras causas como fatores genéticos e hereditários, sedentarismo, desnutrição e exposição insuficiente a sol também podem desencadear a osteopenia.

Doenças de outros órgãos como, por exemplo, tireóide, paratireóide, fígado, rins, entre outros, também podem manifestar de forma secundária essa condição. Vale lembrar que o uso prolongado de certos medicamentos como, por exemplo, corticoides, anticonvulsivantes e hormônio tireoidianos também podem ser uma causa. Demais fatores incluem: anorexia nervosa, quimioterapia, alcoolismo, cafeína e cigarro. 

Vale lembrar que baixa ingestão de bebidas lácteas e derivados e falta de atividade físicas e o sedentarismo também podem desencadear essa condição.

Sintomas

A osteopenia é uma condição totalmente assintomática, ou seja, é silenciosa. Os sintomas aparecem apenas quando os ossos já estão comprometidos pela osteoporose. Em alguns casos ela pode se apresentar através de uma fratura.

Diagnóstico

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a osteopenia é considerada instalada quando a densidade mineral do osso está entre menos 1% e menos 2,4%. Logo, maior que a perda fisiológica considerada normal para cada faixa de idade. A densitometria óssea é um exame não invasivo e por isso é considerado o mais importante para o diagnóstico desta condição. Visto que é não invasivo, apresenta baixa exposição à radiação, possibilitando medir a quantidade de cálcio por centímetro quadrado tanto do fêmur quanto da coluna vertebral. Já os exames de laboratório são úteis para avaliar possíveis causas secundárias da degeneração óssea. Esses casos exigem tratamentos específicos. Vale lembrar que quanto mais precoce for o diagnóstico, maior as chances de o tratamento obter sucesso.

Prevenção

A prevenção já deve começar na infância e ser levada até a fase adulta, sem interrupção. Logo, alimentação saudável e equilibrada rica em cálcio, práticas de atividades físicas, exposição moderada ao sol, tomar bebidas alcoólicas com moderação e ainda não fumar são formas de prevenir essa condição e manter os ossos fortes e saudáveis.

Tratamento

É importante ressaltar que é bem difícil reverter um quadro de osteopenia. Sendo assim, o maior objetivo é impedir ou desacelerar a degradação do tecido ósseo, o qual pode levar à osteoporose. O tratamento pode ser tanto medicamentoso quanto não medicamentoso.

O não medicamentoso está totalmente ligado a um estilo de vida saudável. Logo, recomenda-se:

  • Priorizar uma alimentação balanceada que seja rica em cálcio como, por exemplo, leite e seus derivados e em vitamina D como, por exemplo, grãos integrais, cereais, verduras de folhas escuras, ovo, atum e salmão. Esses alimentos ajudam a repor 1.000 mg diários de cálcio que são necessários para a saúde dos ossos;
  • Expor a pele ao sol, principalmente dos braços e pernas. Vale lembrar que isso deve ser feito sem passar protetor solar durante 10/15 minutos no período da manhã ou no fim da tarde, uma vez que garante a síntese da vitamina D, a qual é indispensável para a absorção intestinal de cálcio;
  • Praticar atividades físicas, as com algum impacto são as mais indicadas. Recomenda-se 30 minutos por dia durantes cinco dias da semana. Andar, nadar e dançar são exercícios fáceis e simples, mas que ajudam a manter a densidade óssea e ainda fortalecem os músculos e melhoram o equilíbrio, reduzindo o risco de quedas;
  • Evitar o consumo excessivo de álcool e claro, ficar longe do cigarro, pois ele prejudica muito a qualidade dos ossos;
  • Controlar a ingestão de cafeína, seja no café, alguns tipos de chás, refrigerantes, bebidas energéticas e chocolate, uma vez que a cafeína interfere na absorção de cálcio pelo organismo.

Já o tratamento medicamentoso é reservado geralmente para casos mais graves dessa condição pré-clínica. Ele tem como objetivo corrigir a deficiência do cálcio e da vitamina D no organismo. Nenhum medicamento está livre de provocar efeitos colaterais não desejáveis e também de não ser indicado em alguns casos. Por isso, qualquer medicamento deve ser utilizado apenas com prescrição e acompanhamento médico.

Considerações finais

Para evitar essa condição pré clínica,  mudanças no estilo de vida são necessárias. É o caso de uma alimentação equilibrada e rica em cálcio, prática de atividades físicas e ficar longe de tabagismo e uso exagerado de álcool. Como ela é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas, é preciso ficar de olho e seguir esse estilo de vida saudável, evitando assim, que ela se agrave e se transforme em osteoporose. E lembre-se: jamais se automedique, procure um médico especialista para discutir sua condição.

Fontes: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/osteopenia/

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/osteopenia

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